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sábado, 20 de abril de 2024

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO MÉDIO

 


LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES 01 A 05:

Cotas: o justo e o injusto

    O medo do diferente causa conflitos por toda parte, em circunstâncias as mais variadas. Alguns são embates espantosos, outros são mal-entendidos sutis, mas em tudo existe sofrimento, maldade explícita ou silenciosa, mágoa, frustração e injustiça.
    Cresci numa cidadezinha onde as pessoas (as famílias, sobretudo) se dividiam entre católicos e protestantes. Muita dor nasceu disso. Casamentos foram proibidos, convívios prejudicados, vidas podadas. Hoje, essa diferença nem entra em cogitação quando se formam pares amorosos ou círculos de amigos. Mas, como o mundo anda em círculos ou elipses, neste momento, neste nosso país, muito se fala em uma questão que estimula tristemente a diferença racial e social: as cotas de ingresso em universidades para estudantes negros e/ou saídos de escolas públicas. O tema libera muita verborragia populista e burra, produz frustração e hostilidade. Instiga o preconceito racial e social. Todas as "bondades" dirigidas aos integrantes de alguma minoria, seja de gênero, raça ou condição social, realçam o fato de que eles estão em desvantagem, precisam desse destaque especial, porque, devido a algum fator que pode ser de raça, gênero, escolaridade ou outros, não estão no desejado patamar de autonomia e valorização. Que pena.
    Nas universidades inicia-se a batalha pelas cotas. Alunos que se saíram bem no vestibular – só quem já teve filhos e netos nessa situação conhece o sacrifício, a disciplina, o estudo e os gastos implicados nisso – são rejeitados em troca de quem se saiu menos bem mas é de origem africana ou vem de escola pública. E os outros? Os pobres brancos, os remediados de origem portuguesa, italiana, polonesa, alemã, ou o que for, cujos pais lutaram duramente para lhes dar casa, saúde, educação?
    A ideia das cotas reforça dois conceitos nefastos: o de que negros são menos capazes, e por isso precisam desse empurrão, e o de que a escola pública é péssima e não tem salvação. É uma ideia esquisita, mal pensada e mal executada. Teremos agora famílias brancas e pobres para as quais perderá o sentido lutar para que seus filhos tenham boa escolaridade e consigam entrar numa universidade, porque o lugar deles será concedido a outro. Mais uma vez, relega-se o estudo a qualquer coisa de menor importância.
    Lembro-me da fase, há talvez vinte anos ou mais, em que filhos de agricultores que quisessem entrar nas faculdades de agronomia (e veterinária?) ali chegavam através de cotas, pela chamada "lei do boi". Constatou-se, porém, que verdadeiros filhos de agricultores eram em número reduzido. Os beneficiados eram em geral filhos de pais ricos, donos de algum sítio próximo, que com esse recurso acabaram ocupando o lugar de alunos que mereciam, pelo esforço, aplicação, estudo e nota, aquela oportunidade. Muita injustiça assim se cometeu, até que os pais, entrando na Justiça, conseguiram por liminares que seus filhos recebessem o lugar que lhes era devido por direito. Finalmente a lei do boi foi para o brejo.
    Nem todos os envolvidos nessa nova lei discriminatória e injusta são responsáveis por esse desmando. Os alunos beneficiados têm todo o direito de reivindicar uma possibilidade que se lhes oferece. Mas o triste é serem massa de manobra para um populismo interesseiro, vítimas de desinformação e de uma visão estreita, que os deixa em má posição. Não entram na universidade por mérito pessoal e pelo apoio da família, mas pelo que o governo, melancolicamente, considera deficiência: a raça ou a escola de onde vieram – esta, aliás, oferecida pelo próprio governo.
    Lamento essa trapalhada que prejudica a todos: os que são oficialmente considerados menos capacitados, e por isso recebem o pirulito do favorecimento, e os que ficam chupando o dedo da frustração, não importando os anos de estudo, a batalha dos pais e seu mérito pessoal. Meus pêsames, mais uma vez, à educação brasileira.

Lya Luft Texto disponível em: http://veja.abril.com.br/060208/ponto_de_vista.shtml.

QUESTÃO 01: Na visão da autora do texto, o sistema de cotas

(A) é a forma ideal de barrar o preconceito racial e social.
(B) fere o princípio constitucional da igualdade de direitos.
(C) corrige as injustiças históricas contra os estudantes negros.
(D) só devia beneficiar os estudantes menos inteligentes.
(E) deveria contemplar apenas os estudantes pobres.

QUESTÃO 02: O posicionamento da autora acerca da política de cotas está em consonância apenas com uma das assertivas:
 
(A) Quando o governo inclui os estudantes saídos da escola pública no sistema de cotas, está reconhecendo que o ensino ministrado nessas instituições é fraco.
(B) A melhoria da qualidade do ensino nas escolas públicas brasileiras está condicionada, em primeiro lugar, à abertura das portas das universidades para todos.
(C) De uma política como o sistema de cotas, advêm vantagens para toda a sociedade.
(D) Colocar um membro da comunidade negra na universidade é o caminho mais curto, para reduzir os preconceitos raciais.
(E) O sistema de cotas, além de quebrar preconceitos, gera a harmonia entre as classes sociais.

QUESTÃO 03: A expressão “Que pena.” carrega um tom de
 
(A) crítica.
(B) intolerância.
(C) lamentação.
(D) descaso.
(E) ironia.

QUESTÃO 04: Ao expressar a ideia de fracasso com a construção linguística “... foi para o brejo”, a autora

(A) quebrou o tom de formalidade do texto.
(B) não se preocupou em cair na vulgaridade.
(C) foi desrespeitosa com os estudantes que se beneficiaram da “lei do boi”.
(D) pretendeu dar mais ênfase a sua indignação.
(E) deu mais leveza ao texto, porque a expressão é muito usada pelos brasileiros.

QUESTÃO 05: A justificativa de a autora ter emoldurado com aspas a palavra “bondades” também se aplica ao caso da opção

(A) Você vai pagar à vista ou “na valsa”?
(B) Aquela mulher é um “avião”.
(C) Sai pra lá, meu irmão, que eu não tenho medo de “revórve”.
(D) Veja como esse homem é “educado”: recebe um favor e nem diz obrigado.
(E) Todas as alternativas estão corretas. 












GABARITO
01: B
02: A
03: C
04: D
05: D

sábado, 13 de abril de 2024

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS - LÍNGUA PORTUGUESA - SUGESTÃO 1º ANO ENSINO MÉDIO

 


QUESTÃO 01: Leia um trecho da canção a seguir:

 

Cheguei na bera do porto

Onde as ondas se espaia

As garça dá meia-volta

Senta na bera da praia

E o cuitelinho não gosta

Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai.

 

Predomina-se no trecho acima

 

(A) uma variante da linguagem formal.

(B) uma variante da linguagem informal.

(C) uma variante da linguagem urbana.

(D) uma variante da linguagem dos cariocas.

(E) uma variante da norma padrão.


QUESTÃO 02: Leia o texto a seguir.


O disfarce dos bichos


Você já tentou pegar um galhinho seco e ele virou bicho, abriu asas e voou? Se isso aconteceu é porque o graveto era um inseto conhecido como “bicho-pau”. Ele é tão parecido com um galhinho, que pode ser confundido com um graveto. Existem lagartas que se parecem com raminhos de plantas e há grilos que imitam folhas. Muitos animais ficam com a cor e a forma dos lugares em que estão. Eles fazem isso para se defenderem dos inimigos ou capturar outros bichos que servem de alimento. Esses truques são chamados de mimetismo, isto é, imitação. O cientista inglês Henry Walter Bates foi quem descobriu o mimetismo. Ele passou onze anos na selva amazônica estudando os animais. 


MAVIAEL MONTEIRO, José. Bichos que usam disfarce para defesa. FOLHINHA, 6. NOV, 1993


O “bicho-pau” se parece com 


(A) florzinha seca. 

(B) folhinha verde. 

(C) galhinho seco

(D) raminho de planta.

(E) galhinho verde.


QUESTÃO 03: Leia o texto abaixo. 


Garota desmaia após namorado pedi-la em casamento


Uma jovem desmaiou quando seu namorado se ajoelhou para pedir sua mão em casamento. O norte-americano Cameron Humfleet, de London, no estado de Kentucky (EUA), fez o pedido durante uma festa de aniversário surpresa para a namorada Britanny, segundo reportagem do jornal [...]. O vídeo com a cena foi publicado no YouTube. 


Trecho extraído do G1.(http://g1.globo.com/planeta-bizarro/noticia/2011/11/garota-desmaia-apos-namorado-pedi-la-em-casamento.html) (Último acesso em 01/11/2011)


Pedido de casamento é comum entre casais a fim de se unir em matrimônio. A jovem desmaiou segundo a notícia devido


(A) ao susto dado pelo namorado.

(B) a surpresa do pedido de casamento pelo namorado.

(C) a falta de maturidade por parte dela.

(D) ao mau jeito de pedir em casamento pelo namorado.

(E) Todas as alternativas estão incorretas.


QUESTÃO 04: Compare os dois textos a seguir. 


TEXTO I 


Abertura

Era uma vez um homem que contava histórias,

Falando das maravilhas de um mundo encantado

Que só as crianças podiam ver.

Mas esse homem, que falava às crianças,

Conseguiu descrever tão bem essas maravilhas,

Que fez todas as pessoas acreditarem nelas.

Pelo menos as pessoas que cresceram por fora,

Mas continuaram sendo crianças em seus corações.

Ele aprendeu tudo isso com a natureza,

Em lugares como esse sítio

Onde ele viveu.


[...] Pirlimpimpim. LP Som Livre.Wilson Rocha,1982. Fragmento.


TEXTO II


Lobato


No Sítio do Picapau Amarelo, cenário mágico das histórias de Monteiro Lobato, surgiu à literatura brasileira para crianças. Da legião de pequenos leitores que a partir dos anos 20 devoraram as aventuras da boneca Emília e dos outros personagens do Sítio, nasceram novas gerações de escritores infantis dos pais. 

Embora Lobato tenha ficado conhecido por sua obra literária, não se limitou a ela. Foi um dos homens mais influentes do Brasil na primeira metade do século e encabeçou campanhas importantes, como a do desenvolvimento da produção nacional do petróleo.

Além do promotor público, empresário, jornalista e fazendeiro, foi editor de livros. Em 1918 fundou, em São Paulo, a Monteiro Lobato & Cia, editora que trouxe ao país grandes novidades gráficas e comerciais. Até morrer, em 1948, foi o grande agitador do mercado de livros no Brasil. [...]  


Nova Escola, Ano XIII, nº 100, mar.1997.


Os textos I (poema) e II (ensaio biográfico) têm em comum o fato de


(A) contarem sobre a vida de alguém.

(B) narrarem feitos maravilhosos.

(C) noticiarem um acontecimento.

(D) possuírem a mesma estrutura.

(E) informar sobre ciência.


QUESTÃO 05:  Leia o texto abaixo.


Disponível em: <http://migre.me/iodBS>. Acesso em: 18 mar. 2014


Nesse texto, a expressão “vai mais longe” foi utilizada para


(A) apresentar uma definição.

(B) mostrar exagero.

(C) fazer uma crítica.

(D) indicar duplo sentido.

(E) uma brincadeira.









GABARITO
01: B
02: C
03: B
04: A
05: D


sábado, 6 de abril de 2024

ATIVIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA SUGERIDAS PARA O 6º ANO - FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS E DOS ADJETIVOS: GÊNERO E NÚMERO

 
LEIA O POEMA A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES 01 A 10.

ESTAÇÃO CAFÉ

Pastéis Santa Clara,
Bem-casados com ambrosia,
Caramelados com nozes
E bombas de baunilha

Senhora dona doceira,
Me tira dessa agonia!

Mil-folhas e broinhas,
Com geleias e pavê,
Fios de ovos, apfelstrudel,
Maçãs flambadas, não vê?
Qual é o doce mais doce?
O doce mais doce? Você!

Pães de queijo, ovos moles,
Olho de sogra, doce de abóbora
Pingos de chuva, algodão doce,
Doce, oh doce, senhora!

Senhora dona doceira,
Doce aqui e agora,
E agora, bem no fim,
Eu recuso maria-mole,
Mas nós dois, bem juntim,

Agarradim, rocambole.

(Sérgio Capparelli. 111 poemas para crianças. Porto Alegre: L&PM, 2003, p. 26)

01. Em todo o poema, há diversos nomes de doces. A que classe gramatical pertencem as palavras usadas para nomeá-los?

02. Na segunda estrofe, o eu lírico pede à doceira que o tire de uma agonia. Por que ele está agoniado?

03. No final da terceira estrofe, o eu lírico parece perder o interesse pelos doces. O que o faz mudar de ideia?

04. No verso "O doce mais doce? Você!", a palavra doce aparece repetida. Em uma e outra ocorrência ela pertence a classes gramaticais diferentes. Quais são essas classes?

05. O plural das palavras noz e maça é formado da mesma maneira? Explique.

06. Qual é o singular da palavra pastéis? Quais outras palavras que você conhece têm o plural formado da mesma maneira?

07. Identifique no poema um substantivo que quando pluralizado sofre variação na pronúncia semelhante à que ocorre no caso de jogo (ô) e jogos (ó)?

08. O plural da locução substantiva pé de moleque é pés de moleque. Comparando essa locução com a locução olho de sogra, responda: Qual é o plural de olho de sogra?

09. O poeta empregou nas palavras juntim e agarradim uma forma de diminutivo própria do modo coloquial de falar. Como é o diminutivo dessas palavras na norma-padrão?

10. No final do poema, o eu lírico escolhe um doce, porém diferente dos demais: rocambole. Por que esse doce é diferente dos outros?








RESPOSTAS

01. A classe dos substantivos.
02. Provavelmente por não conseguir escolher um entre tantos doces.
03. Ele se apaixona pela doceira e faz uma declaração de amor.
04. Na primeira ocorrência, doce é substantivo, na segunda, adjetivo.
05. Não, na palavra maça, acrescenta-se apenas s, na palavra noz, acrescenta-se es.
06. Pastel / Sugestões: papel, carretel, pincel, quartel, hotel, anel etc.
07. Ovos
08. Olhos de sogra
09. Juntinho(s), agarradinho(s)
10. Porque é um doce feito do abraço dele com a doceira.












sábado, 30 de março de 2024

ATIVIDADES - O EMPREGO DA CRASE

 

CRASE

1. Se a acentuação estiver CORRETA, assinale com a letra (C), se estiver ERRADA, assinale (E). Justifique. 
 
a) (   ) Refiro-me à aluna novata.  
b) (   ) Passou a camisa à ferro.  
c) (   ) Fez os exercícios à lápis.  
d) (   ) No domingo, sempre vamos à igreja.  
e) (   ) A criança começou à falar.  
f) (   ) Mostrarei à ela minha proposta de trabalho.  
g) (   ) Acordei às sete da manhã.  
h) (   ) Daqui à pouco iniciaremos a aula de geografia.  
i) (   ) O barco ficou muito tempo à deriva.  
j) (   ) Vou à França no próximo ano.  
k) (   ) Sua casa fica à distância de 100 km daqui.  
l) (   ) Comprei um carro à prazo.  
m) (   ) Vendi a bicicleta à vista.  
n) (   ) Assim que o navio atracou no cais, os marinheiros desceram a terra. 
o) (   ) A nave espacial russa já voltou à Terra.

2. Reescreva as frases fazendo as substituições indicadas. Observe a necessidade ou não de empregar a crase. 
 
a) Os aventureiros seguem as recomendações exigidas pelas autoridades. (trocar seguir por obedecer)
b) Alguns jovens preferem escalar montanhas a navegar. (Trocar escalar montanhas por montanhismo e navegar por navegação)

3. Use o acento grave nas palavras destacadas, a seguir, quando necessário. Justifique.  

a) Doarei esse quadro a óleo a alguma instituição de caridade. 
b) A medida que fui aprendendo e conhecendo novas culturas, passei a viver melhor. 
c) Os exercícios físicos deram a ela mais disposição. 
d) Fui até a farmácia logo cedo. 
e) Não compre a prazo, compre sempre a vista. 
f) Estamos dispostos a colaborar.
g) Sua camisa está cheirando a suor.

4. Considere a frase: “À proporção que estudo, a fim de que vença, mais sou abençoado pelo saber”. Por que apenas a primeira locução pode receber o acento grave na letra a? 





GABARITO
1.
a) C - ocorre crase antes de nome feminino.
b) E - não ocorre crase antes de nome masculino. 
c) E - não ocorre crase antes de nome masculino. 
d) C - ocorre crase antes de nome feminino. Lugar feminino determinado pelo artigo. 
e) E - não ocorre crase antes de verbo. 
f) E - não ocorre crase antes de pronome pessoal.
g) C - ocorre crase antes de horas exatas.
h) E - não ocorre crase antes de palavras masculinas. 
i)  C - ocorre crase nas locuções adverbiais femininas. 
j)  C - Quem vai a volta da, crase no a. 
k) C - Ocorre crase antes da palavra distância, quando determinada. 
l)  E - não ocorre crase antes de palavra masculina.
m) C - ocorre crase antes de palavra feminina/ ocorre crase nas locuções adverbiais femininas. 
n) C - não ocorre crase antes do substantivo terra quando significar chão firme (oposto de bordo). 
o) C - ocorre crase porque Terra é palavra feminina e está no sentido de planeta. 

2.
a) Os aventureiros obedecem às recomendações exigidas pelas autoridades. 
b) Alguns jovens preferem o montanhismo à navegação.

3.
a) Não há crase antes de palavra masculina.
b) Usa crase nas locuções conjuntivas femininas.
c) Não usa crase antes de pronome pessoal.
d) Usa crase antes de nome feminino. Usa crase antes de lugares determinados pelo artigo.
e) Usa crase antes de nome feminino. Usa crase nas locuções adverbiais femininas.
f) Não usa crase antes de verbo.
g) Não usa crase antes de nome masculino. 

4) Porque a outra é uma locução masculina.





sábado, 23 de março de 2024

QUESTÕES OBJETIVAS DE LÍNGUA PORTUGUESA - INTERPRETAÇÃO DO TEXTO - ENSINO MÉDIO


QUESTÃO 01: (ENEM 2007)

TEXTO I

Álcool, crescimento e pobreza

O lavrador de Ribeirão Preto recebe em média R$ 2,50 por tonelada de cana cortada. Nos anos 80, esse trabalhador cortava cinco toneladas de cana por dia. A mecanização da colheita o obrigou a ser mais produtivo. O corta-cana derruba agora oito toneladas por dia.

O trabalhador deve cortar a cana rente ao chão, encurvado. Usa roupas mal-ajambradas, quentes, que lhe cobrem o corpo, para que não seja lanhado pelas folhas da planta. O excesso de trabalho causa a birola: tontura, desmaio, câimbra, convulsão. A fim de aguentar dores e cansaço, esse trabalhador toma drogas e soluções de glicose, quando não farinha mesmo. Tem aumentado o número de mortes por exaustão nos canaviais.

O setor da cana produz hoje uns 3,5% do PIB. Exporta U$$ 8 bilhões. Gera toda a energia elétrica que consome e ainda vende excedentes. A indústria de São Paulo contrata cientistas e engenheiros para desenvolver máquinas e equipamentos mais eficientes para as usinas de álcool. As pesquisas, privada e pública, na área agrícola (cana, laranja, eucalipto etc.) desenvolvem a bioquímica e a genética no país.

Folha de S. Paulo, 11/03/2007.

TEXTO II


Confrontando-se as informações do texto I com as da charge (texto II), conclui-se

(A) a charge contradiz o texto ao mostrar que o Brasil possui tecnologia avançada no setor agrícola.
(B) a charge e o texto abordam, a respeito da cana-e-açúcar brasileira, duas realidades distintas e sem relação entre si.
(C) o texto e a charge consideram a agricultura brasileira avançada, do ponto de vista tecnológico.
(D) a charge mostra o cotiniano do trabalhador, e o texto defende o fim da mecanização da produção da cana-de-açúcar no setor sucroalcooleiro.
(E) o texto mostra disparidades na agricultura brasileira, na qual convivem alta tecnologia e condições precárias de trabalho, que a charge ironiza.

QUESTÃO 02: (ENEM 2007) Leia o texto a seguir.

São Paulo, 18 de agosto de 1929

Carlos Drummond de Andrade

Achei graça e gozei com o seu entusiasmo pela candidatura Getúlio Vargas - João Pessoa. É. Mas veja como estamos... trocados. Esse entusiasmo devia ser meu e sou eu que conservo o ceticismo que deveria ser de você. [...]
Eu... eu contemplo numa torcida apenas simpática a candidatura Getúlio Vargas, que antes desejara tanto. Mas pra mim, presentemente, essa candidatura (única aceitável, está claro) fica manchada por essas pazes fragílimas de governistas mineiros, gaúchos, paraibanos [...], com democráticos paulistas (que pararam de atacar o Bernardes) e oposicionistas cariocas e gaúchos. Tudo isso não me entristece. Continuo reconhecendo a existência de males necessários, porém me afasta do meu país e da candidatura Getúlio Vargas. Repito: única aceitável.

Mário de Andrade

Renato Lemos. Bem traçadas linhas: a história do Brasil em cartas pessoais. Rio de Janeiro, 2004.

Acerca da crise política ocorrida em fins da Primeira República, a carta do paulista Mário de Andrade ao mineiro Carlos Drummond de Andrade revela

(A) a simpatia de Drummond pela candidatura Vargas e o desencanto de Mário de Andrade com as composições políticas sustentadas por Vargas.
(B) a veneração de Drummond e Mário de Andrade ao gaúcho Getúlio Vargas, que se aliou à oligarquia cafeeira de São Paulo.
(C) a concordância entre Mário de Andrade e Drummond quanto ao caráter inovador de Vargas, que fez uma ampla aliança para derrotar a oligarquia mineira.
(D) a discordância entre Mário de Andrade e Drummond sobre a importância da aliança entre Vargas e o paulista Júlio Prestes nas eleições presidenciais.
(E) o otimismo de Mário de Andrade em relação a Getúlio Vargas, que se recusara a fazer alianças políticas para vencer as eleições.

QUESTÃO 03: ENEM (2009) Leia o texto a seguir.

Gerente - Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?
Cliente - estou interessado em financiamento para compra de veículo.
Gerente - Nós dispomos de várias modalidades de crédito.
O senhor é nosso cliente?
Cliente - Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco.
Gerente - Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma.

BORTONI-RICARDO, S.M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado).

Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido

(A) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade.
(B) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco.
(C) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais).
(D) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo.
(E) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.

QUESTÃO 04: (ENEM 2009) Leia o texto a seguir.

Diferentemente do texto escrito, que em geral compele os leitores a lerem numa onda linear - da esquerda para a direita e de cima para baixo, na página impressa - hipertextos encorajam os leitores a moverem-se de um bloco de texto a outro, rapidamente e não sequencialmente. Considerando que o hipertexto oferece uma multiplicidade de caminhos a seguir, podendo ainda o leitor incorporar seus caminhos e suas decisões como novos caminhos, inserindo informações novas, o leitor-navegador passa a ter um papel mais ativo e uma oportunidade diferente da de um leitor de texto impresso. Dificilmente dois leitores de hipertextos farão os mesmos caminhos e tomarão as mesmas decisões.

MARCUSCHI, L.A. Cognição, linguagem e práticas interacionais. Rio: Lucerna, 2007.

No que diz respeito à relação entre o hipertexto e o conhecimento por ele produzido, o texto apresentado deixa claro que o hipertexto muda a noção tradicional de autoria, porque

(A) é o leitor que constrói a versão final do texto.
(B) o autor detém o controle absoluto do que escreve.
(C) aclara os limites entre o leitor e o autor.
(D) propicia um evento textual-interativo em que apenas o autor é ativo.
(E) só o autor conhece o que eletronicamente se dispõe para o leitor.
 

GABARITO
01: E
02: A
03: A
04: A